Scrutatio

Martedi, 30 aprile 2024 - San Pio V ( Letture di oggi)

Livro de Jó 31


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SAGRADA BIBLIANOVA VULGATA
1 Eu havia feito um pacto com meus olhos: não desejaria olhar nunca para uma virgem.1 Pepigi foedus cum oculis meis
ut ne cogitarem quidem de virgine.
2 Que parte me daria Deus lá do alto, que sorte o Todo-poderoso me enviaria dos céus?2 Quae enim pars mea apud Deum desuper,
et quae hereditas apud Omnipotentem in excelsis?
3 A infelicidade não está reservada ao injusto, e o infortúnio ao iníquo?3 Numquid non perditio est iniquo,
et alienatio operantibus iniustitiam?
4 Não conhece Deus os meus caminhos, e não conta todos os meus passos?4 Nonne ipse considerat vias meas
et cunctos gressus meos dinumerat?
5 Se caminhei com a mentira, se meu pé correu atrás da fraude,5 Si ambulavi in vanitate,
et festinavit in dolo pes meus,
6 que Deus me pese em justas balanças e reconhecerá minha integridade.6 appendat me in statera iusta
et sciat Deus integritatem meam.
7 Se meus passos se desviaram do caminho, se meu coração seguiu meus olhos, se às minhas mãos se apegou qualquer mácula,7 Si declinavit gressus meus de via,
et si secutum est oculos meos cor meum,
et si manibus meis adhaesit macula,
8 semeie eu e outro o coma, e que minhas plantações sejam desenraizadas!8 seram, et alius comedat,
et progenies mea eradicetur.
9 Se meu coração foi seduzido por uma mulher, se fiquei à espreita à porta de meu vizinho,9 Si deceptum est cor meum super muliere,
et si ad ostium amici mei insidiatus sum,
10 que minha mulher gire a mó para outro e que estranhos a possuam!10 molat pro alio uxor mea,
et super illam incurventur alii.
11 Pois isso teria sido um crime, um delito dependente da justiça,11 Hoc enim nefas est
et iniquitas iudicialis;
12 um fogo que devoraria até o abismo, e que teria arruinado todos os meus bens.12 ignis est usque ad perditionem devorans
et omnia eradicans genimina.
13 Nunca violei o direito de meus escravos, ou de minha serva, em suas discussões comigo.13 Si contempsi subire iudicium cum servo meo et ancilla mea,
cum disceptarent adversum me,
14 Que farei eu quando Deus se levantar? Quando me interrogar, que lhe responderei?14 quid enim faciam, cum surrexerit ad iudicandum Deus;
et, cum quaesierit, quid respondebo illi?
15 Aquele que me criou no ventre, não o criou também a ele? Um mesmo criador não nos formou no seio da nossa mãe?15 Numquid non in ventre fecit me,
qui et illum operatus est,
et formavit me in visceribus unus?
16 Não recusei aos pobres aquilo que desejavam, não fiz desfalecer os olhos da viúva,16 Si negavi, quod volebant, pauperibus
et oculos viduae languescere feci;
17 não comi sozinho meu pedaço de pão, sem que o órfão tivesse a sua parte;17 si comedi buccellam meam solus,
et non comedit pupillus ex ea,
18 desde minha infância cuidei deste como um pai, desde o ventre de minha mãe fui o guia da viúva.18 quia ab infantia mea educavi eum ut pater
et de ventre matris meae direxi eam;
19 Se vi perecer um homem por falta de roupas, e o pobre que não tinha com que cobrir-se,19 si despexi pereuntem, eo quod non habuerit indumentum,
et absque operimento pauperem;
20 sem que seus rins me tenham abençoado, aquecido como estava com a lã de minhas ovelhas;20 si non benedixerunt mihi latera eius,
et de velleribus ovium mearum calefactus est;
21 se levantei a mão contra o órfão, quando me via apoiado pelos juízes,21 si levavi super pupillum manum meam,
cum viderem in porta adiutorium mihi,
22 que meu ombro caia de minhas costas, que meu braço seja arrancado de seu cotovelo!22 umerus meus a iunctura sua cadat,
et brachium meum cum ossibus lacertorum confringatur,
23 Pois o temor de Deus me invadiu, e diante de sua majestade não posso subsistir.23 quia timor super me calamitas a Deo,
et contra maiestatem eius nihil valerem!
24 Nunca pus no ouro minha segurança, nem jamais disse ao ouro puro: És minha esperança.24 Si putavi aurum securitatem meam
et obryzo dixi: Fiducia mea!;
25 Nunca me rejubilei por ser grande a minha riqueza, nem pelo fato de minha mão ter ajuntado muito.25 si laetatus sum super multis divitiis meis,
et quia plurima repperit manus mea;
26 Quando eu via o sol brilhar, e a lua levantar-se em seu esplendor,26 si vidi solem, cum fulgeret,
et lunam incedentem clare,
27 jamais meu coração deixou-se seduzir em segredo, e minha mão não foi levada à boca para um beijo.27 et decepit me in abscondito cor meum,
et osculatus sum manum meam ore meo,
28 Isto seria um crime digno de castigo, pois eu teria renegado o Deus do alto.28 quae est iniquitas iudicialis,
eo quod negassem Deum desuper;
29 Nunca me alegrei com a ruína de meu inimigo, e nem exultei quando a infelicidade o feriu.29 si gavisus sum ad ruinam eius, qui me oderat,
et exsultavi quod invenisset eum malum,
30 Não permiti que minha língua pecasse, reclamando sua morte por uma imprecação.30 cum non dederim ad peccandum guttur meum,
ut expeterem maledicens animam eius;
31 Jamais as pessoas de minha tenda me disseram: Há alguém que não saiu satisfeito.31 si non dixerunt viri tabernaculi mei: “Quis det, qui de carnibus eius nonsaturatus sit?”;
32 O estrangeiro não passava a noite fora, eu abria a minha porta ao viajante.32 foris non mansit peregrinus,
ostium meum viatori patuit;
33 Nunca dissimulei minha culpa aos homens, escondendo em meu peito minha iniqüidade,33 si abscondi quasi homo peccatum meum
et celavi in sinu meo iniquitatem meam;
34 como se temesse a multidão e receasse o desprezo das famílias, a ponto de me manter quieto sem pôr o pé fora da porta.34 si expavi ad multitudinem nimiam,
et despectio propinquorum terruit me,
et magis tacui nec egressus sum ostium.
35 Oh, se eu tivesse alguém para me ouvir! Eis a minha assinatura: que o Todo-poderoso me responda! Que o meu adversário escreva também um memorial.35 Quis mihi tribuat auditorem?
Ecce signum meum! Omnipotens respondeat mihi!
Ecce liber, quem scripsit vir litis meae,
36 Será que eu não o poria sobre meus ombros, e não cingiria minha fronte com ele como de uma coroa?36 ut in umero meo portem illum
et alligem illum quasi coronam mihi.
37 Dar-lhe-ia conta de todos os meus passos, e me apresentaria diante dele altivo como um príncipe.37 Numerum graduum meorum pronuntiabo illi
et quasi principem adibo eum.
38 Se minha terra clamou contra mim, e seus sulcos derramaram lágrimas,38 Si adversum me terra mea clamat,
et cum ipsa sulci eius deflent;
39 se comi seus frutos sem pagar, se afligi a alma de seu possuidor,39 si fructus eius comedi absque pecunia
et animam agricolarum eius afflixi,
40 que em vez de trigo produza espinhos, e joio em vez de cevada! Aqui terminam os discursos de Jó.40 pro frumento oriatur mihi tribulus,
et pro hordeo herba foetida! ”.
Finita sunt verba Iob.