Scrutatio

Venerdi, 26 aprile 2024 - San Marcellino ( Letture di oggi)

Livro de Jó 9


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1Jó tomou a palavra nestes termos:2Sim; bem sei que é assim; como poderia o homem ter razão contra Deus?3Se quisesse disputar com ele, não lhe responderia uma vez entre mil.4Deus é sábio em seu coração e poderoso, quem pode afrontá-lo impunemente?5Ele transporta os montes sem que estes percebam, ele os desmorona em sua cólera.6Sacode a terra em sua base, e suas colunas são abaladas.7Dá uma ordem ao sol que não se levante, põe um selo nas estrelas.8Ele sozinho formou a extensão dos céus, e caminha sobre as alturas do mar.9Ele criou a Grande Ursa, Órion, as Plêiades, e as câmaras austrais.10Fez maravilhas insondáveis, prodígios incalculáveis.11Ele passa despercebido perto de mim, toca levemente em mim sem que eu tenha percebido.12Quem poderá impedi-lo de arrebatar uma presa? Quem lhe dirá: Por que fazes isso?13De sua cólera Deus não volta atrás; diante dele jazem prosternados os auxiliares de Raab.14Quem sou eu para replicar-lhe, para escolher argumentos contra ele?15Ainda que eu tivesse razão, não responderia; pediria clemência a meu juiz.16Se eu o chamasse, e ele não me respondesse, não acreditaria que tivesse ouvido a minha voz;17ele, que me desfaz como um redemoinho, que multiplica minhas feridas sem manifestar o motivo,18que não me deixa tomar fôlego, mas me enche de amarguras.19Se se busca fortaleza, é ele o forte; se se busca o direito, quem o determinará?20Se eu pretendesse ser justo, minha boca me condenaria; se fosse inocente, ela me declararia perverso.21Inocente! Sim, eu o sou; pouco me importa a vida, desprezo a existência.22Pouco importa; é por isso que eu disse que ele faz perecer o inocente como o ímpio.23Se um flagelo causa de repente a morte, ele ri-se do desespero dos inocentes.24A terra está entregue nas mãos dos maus, e ele cobre com um véu os olhos de seus juízes; se não é ele, quem é pois {que faz isso}?25Os dias de minha vida são mais rápidos do que um corcel, fogem sem ter visto a felicidade26passam como as barcas de junco, como a águia que se precipita sobre a presa27Se decido esquecer minha queixa, abandonar meu ar triste e voltar a ser alegre,28temo por todos os meus tormentos, sabendo que não me absolverás.29Tenho certeza de ser condenado: o que me adianta cansar-me em vão?30Por mais que me lavasse na neve, que limpasse minhas mãos na lixívia,31tu me atirarias na imundície, e as minhas próprias vestes teriam horror de mim.32{Deus} não é um homem como eu a quem possa responder, com quem eu possa comparecer na justiça,33pois que não há entre nós árbitro que ponha sua mão sobre nós dois.34Que {Deus} retire sua vara de cima de mim, para pôr um termo a seus medonhos terrores;35então lhe falarei sem medo; pois, estou só comigo mesmo.