Scrutatio

Martedi, 16 aprile 2024 - Santa Bernadette Soubirous ( Letture di oggi)

Evangelho segundo São Marcos 14


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1Ora, dali a dois dias seria a festa da Páscoa e dos {pães} Ázimos; e os sumos sacerdotes e os escribas buscavam algum meio de prender Jesus à traição para matá-lo.2Mas não durante a festa, diziam eles, para não haver talvez algum tumulto entre o povo.3Jesus se achava em Betânia, em casa de Simão, o leproso. Quando ele se pôs à mesa, entrou uma mulher trazendo um vaso de alabastro cheio de um perfume de nardo puro, de grande preço, e, quebrando o vaso, derramou-lho sobre a cabeça.4Alguns, porém, ficaram indignados e disseram entre si: Por que este desperdício de bálsamo?5Poder-se-ia tê-lo vendido por mais de trezentos denários, e os dar aos pobres. E irritavam-se contra ela.6Mas Jesus disse-lhes: Deixai-a. Por que a molestais? Ela me fez uma boa obra.7Vós sempre tendes convosco os pobres e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem; mas a mim não me tendes sempre.8Ela fez o que pode: embalsamou-me antecipadamente o corpo para a sepultura.9Em verdade vos digo: onde quer que for pregado em todo o mundo o Evangelho, será contado para sua memória o que ela fez.10Judas Iscariotes, um dos Doze, foi avistar-se com os sumos sacerdotes para lhes entregar Jesus.11A esta notícia, eles alegraram-se e prometeram dar-lhe dinheiro. E ele buscava ocasião oportuna para o entregar.12No primeiro dia dos Ázimos, em que se imolava a Páscoa, perguntaram-lhe os discípulos: Onde queres que preparemos a refeição da Páscoa?13Ele enviou dois dos seus discípulos, dizendo: Ide à cidade, e sair-vos-á ao encontro um homem, carregando um cântaro de água.14Segui-o e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: O Mestre pergunta: Onde está a sala em que devo comer a Páscoa com os meus discípulos?15E ele vos mostrará uma grande sala no andar superior, mobiliada e pronta. Fazei ali os preparativos.16Partiram os discípulos para a cidade e acharam tudo como Jesus lhes havia dito, e prepararam a Páscoa.17Chegando a tarde, dirigiu-se ele para lá com os Doze.18E enquanto estavam sentados à mesa e comiam, Jesus disse: Em verdade vos digo: um de vós que come comigo me há de entregar.19Começaram a entristecer-se e a perguntar-lhe, um após outro: Porventura sou eu?20Respondeu-lhes ele: É um dos Doze, que se serve comigo do mesmo prato.21O Filho do homem vai, segundo o que dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem for traído! Melhor lhe seria que nunca tivesse nascido...22Durante a refeição, Jesus tomou o pão e, depois de o benzer, partiu-o e deu-lho, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo.23Em seguida, tomou o cálice, deu graças e apresentou-lho, e todos dele beberam.24E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos.25Em verdade vos digo: já não beberei do fruto da videira, até aquele dia em que o beberei de novo no Reino de Deus.26Terminado o canto dos Salmos, saíram para o monte das Oliveiras.27E Jesus disse-lhes: Vós todos vos escandalizareis, pois está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas serão dispersas {Zac 13,7}.28Mas depois que eu ressurgir, eu vos precederei na Galiléia.29Entretanto, Pedro lhe respondeu: Ainda que todos se escandalizem de ti, eu, porém, nunca!30Jesus disse-lhe: Em verdade te digo: hoje, nesta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me terás negado.31Mas Pedro repetia com maior ardor: Ainda que seja preciso morrer contigo, não te renegarei.E todos disseram o mesmo.32Foram em seguida para o lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse a seus discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto vou orar.33Levou consigo Pedro, Tiago e João; e começou a ter pavor e a angustiar-se.34Disse-lhes: A minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui e vigiai.35Adiantando-se alguns passos, prostrou-se com a face por terra e orava que, se fosse possível, passasse dele aquela hora.36Aba! {Pai!}, suplicava ele. Tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça o que eu quero, senão o que tu queres.37Em seguida, foi ter com seus discípulos e achou-os dormindo. Disse a Pedro: Simão, dormes? Não pudeste vigiar uma hora!38Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.39Afastou-se outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras.40Voltando, achou-os de novo dormindo, porque seus olhos estavam pesados; e não sabiam o que lhe responder.41Voltando pela terceira vez, disse-lhes: Dormi e descansai. Basta! Veio a hora! O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores.42Levantai-vos e vamos! Aproxima-se o que me há de entregar.43Ainda falava, quando chegou Judas Iscariotes, um dos Doze, e com ele um bando armado de espadas e cacetes, enviado pelos sumos sacerdotes, escribas e anciãos.44Ora, o traidor tinha-lhes dado o seguinte sinal: Aquele a quem eu beijar é ele. Prendei-o e levai-o com cuidado.45Assim que ele se aproximou de Jesus, disse: Rabi!, e o beijou.46Lançaram-lhe as mãos e o prenderam.47Um dos circunstantes tirou da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e decepou-lhe a orelha.48Mas Jesus tomou a palavra e disse-lhes: Como a um bandido, saístes com espadas e cacetes para prender-me!49Entretanto, todos os dias estava convosco, ensinando no templo, e não me prendestes. Mas isso acontece para que se cumpram as Escrituras.50Então todos o abandonaram e fugiram.51Seguia-o um jovem coberto somente de um pano de linho; e prenderam-no.52Mas, lançando ele de si o pano de linho, escapou-lhes despido.53Conduziram Jesus à casa do sumo sacerdote, onde se reuniram todos os sacerdotes, escribas e anciãos.54Pedro o foi seguindo de longe até dentro do pátio. Sentou-se junto do fogo com os servos e aquecia-se.55Os sumos sacerdotes e todo o conselho buscavam algum testemunho contra Jesus, para o condenar à morte, mas não o achavam.56Muitos diziam falsos testemunhos contra ele, mas seus depoimentos não concordavam.57Levantaram-se, então, alguns e deram esse falso testemunho contra ele:58Ouvimo-lo dizer: Eu destruirei este templo, feito por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, que não será feito por mãos de homens.59Mas nem neste ponto eram coerentes os seus testemunhos.60O sumo sacerdote levantou-se no meio da assembléia e perguntou a Jesus: Não respondes nada? O que é isto que dizem contra ti?61Mas Jesus se calava e nada respondia. O sumo sacerdote tornou a perguntar-lhe: És tu o Cristo, o Filho de Deus bendito?62Jesus respondeu: Eu o sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do poder de Deus, vindo sobre as nuvens do céu.63O sumo sacerdote rasgou então as suas vestes. Para que desejamos ainda testemunhas?!, exclamou ele.64Ouvistes a blasfêmia! Que vos parece? E unanimemente o julgaram merecedor da morte.65Alguns começaram a cuspir nele, a tapar-lhe o rosto, a dar-lhe socos e a dizer-lhe: Adivinha! Os servos igualmente davam-lhe bofetadas.66Estando Pedro embaixo, no pátio, veio uma das criadas do sumo sacerdote.67Ela fixou os olhos em Pedro, que se aquecia, e disse: Também tu estavas com Jesus de Nazaré.68Ele negou: Não sei, nem compreendo o que dizes. E saiu para a entrada do pátio; e o galo cantou.69A criada, que o vira, começou a dizer aos circunstantes: Este faz parte do grupo deles.70Mas Pedro negou outra vez. Pouco depois, os que ali estavam diziam de novo a Pedro: Certamente tu és daqueles, pois és galileu.71Então ele começou a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais.72E imediatamente cantou o galo pela segunda vez. Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe havia dito: Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás. E, lembrando-se disso, rompeu em soluços.