Scrutatio

Giovedi, 25 aprile 2024 - San Marco ( Letture di oggi)

II Livro dos Macabeus 8


font

1Judas, apelidado Macabeu, e seus companheiros penetravam secretamente nas aldeias e convocavam seus parentes: arrastando consigo todos os que se haviam mantido fiéis ao judaísmo, formaram um grupo de aproximadamente seis mil homens.2Suplicavam ao Senhor que olhasse para o povo desdenhado por todos, que se compadecesse do templo profanado pelos ímpios;3que tivesse compaixão da cidade devastada, perto de ser reduzida ao nível do solo; que escutasse a voz do sangue derramado que a ele clamava;4que se lembrasse da desumana carnificina de meninos inocentes e que vingasse também as blasfêmias proferidas contra seu nome.5Judas tornou-se o chefe da tropa e os gentios viram-se incapazes de resistir-lhe porque a cólera de Deus tinha-se convertido em misericórdia.6Atacava de improviso as cidades e aldeias e as incendiava; ocupava as posições favoráveis, de onde afugentava não poucos de seus inimigos.7Era principalmente à noite que ele empreendia essas expedições, e a fama de seu valor espalhava-se por toda parte.8Vendo Judas progredir dia a dia e alcançar sempre freqüentes vitórias, Filipe escreveu ao governador da Celesíria e da Fenícia, Ptolomeu, e pediu-lhe auxílio para defender os interesses do rei.9Imediatamente, este designou Nicanor, um dos primeiros amigos do rei e filho de Pátroclo, e o enviou à frente de uns vinte mil homens de todas as nações para exterminar toda a raça judia. Agregou a ele Górgias, general perito em assuntos de guerra.10Nicanor esperava obter, com a venda dos judeus que fossem aprisionados, os dois mil talentos que o rei devia como tributo aos romanos.11Enviou sem perda de tempo, às cidades da costa, o convite para que viessem comprar judeus, prometendo entregar noventa escravos por um talento. Mas não suspeitava então de que o castigo do Todo poderoso iria cair sobre ele.12A notícia do avanço de Nicanor chegou a Judas, o qual informou aos seus da chegada dos inimigos.13Num relance, os que tinham medo ou não tinham confiança na justiça de Deus, fugiram e dispersaram-se; 14. outros venderam seus pertences, suplicando ao Senhor que os livrasse do ímpio Nicanor, que os havia vendido antes mesmo de tê-los em mãos.15Se não por eles, que o fizesse ao menos em consideração às alianças estabelecidas com seus pais e porque seu santo e sublime nome tinha sido invocado sobre eles.16Macabeu reuniu então ao redor de si seus homens, em número de seis mil, exortou-os a não se deixarem intimidar pelos inimigos, nem temerem essa massa de gentios que vinha injustamente contra eles, e que combatessem com valentia;17que pensassem na indigna profanação infligida por eles ao templo, na humilhação imposta à cidade devastada e na ruína das tradições de seus antepassados.18Eles confiam, dizia ele, nas suas armas e na sua audácia, mas nós colocamos nossa segurança no Deus todo-poderoso, que pode, com um só leve aceno, desbaratar tanto os que nos atacam como o universo inteiro.19Lembrou-lhes no passado o caso da proteção divina: como, por exemplo, do exército de Senaquerib, haviam perecido cento e oitenta mil homens;20e, na batalha contra os gálatas em Babilônia, oito mil judeus tiveram de lutar ao lado de quatro mil macedônios; como estes se achavam numa situação crítica, os oito mil judeus massacraram cento e vinte mil inimigos, por causa do socorro que lhes foi dado do céu, e alcançaram um vasto despojo.21Após ter reconfortado seus companheiros e tê-los preparado a morrer pelas leis e pela pátria, dividiu o exército um quatro corpos22colocando à frente destes seus irmãos Simão, José e Jônatas, como também Eleazar, cada qual chefiando mil e quinhentos homens.23Apenas terminada a leitura do livro santo e dada a senha: Socorro de Deus, ele mesmo pôs-se à frente do primeiro corpo e travou a batalha contra Nicanor.24O Todo-poderoso combatia com eles: massacraram mais de nove mil inimigos, feriram e mutilaram a maior parte dos soldados de Nicanor, e os puseram em fuga.25Apoderaram-se também do dinheiro dos que tinham vindo para comprá-los, e perseguiram por muito tempo os vencidos, mas tiveram que desistir, impedidos pelo tempo,26porque era véspera de sábado, e isso os impedia de prosseguir.27Recolheram as armas, arrebataram os despojos dos inimigos e chegaram assim ao sábado, bendizendo o Senhor à porfia, e glorificando-o por havê-los livrado nesse dia, prenunciando a alvorada de sua misericórdia.28Passado o sábado, eles reservaram uma parte dos espólios para os que haviam sofrido com a perseguição, as viúvas e os órfãos, e dividiram o resto entre eles e seus filhos.29Feito isto, rezaram ao Senhor em comum, suplicando misericórdia e reconciliação completa com seus servos.30Nos diferentes combates com os soldados de Timóteo e de Báquides, eles mataram mais de vinte mil e tornaram-se senhores absolutos de várias praças fortes. A abundante presa dividiram-na em duas partes iguais: uma para si mesmos, outra para os perseguidos, as mulheres, os órfãos e mesmo os anciãos.31As armas que eles haviam recolhido foram colocadas diligentemente em lugares seguros e levaram a Jerusalém os demais despojos.32Mataram o chefe dos guardas de Timóteo, um dos homens mais perversos, que havia feito muito mal aos judeus.33Quando celebraram a festa da vitória em Jerusalém, queimaram, dentro de uma pequena casa onde se haviam refugiado, Calístenes e os que haviam incendiado as portas do templo, infligindo-lhes assim o justo castigo de seu sacrilégio.34O tríplice celerado Nicanor - que fizera vir mil negociantes, para vender-lhes os judeus -35humilhado, graças a Deus, por aqueles que ele desprezava profundamente, despojou-se da vestidura de honra, e, atravessando o interior do país sozinho, como um fugitivo, chegou a Antioquia, feliz por ainda ter podido escapar ao desastre de seu exército.36E ele, que tinha prometido pagar o tributo aos romanos com o dinheiro que tiraria da venda dos cativos de Jerusalém, publicou que os judeus possuíam um protetor e que se tornavam invulneráveis quando observavam as leis estabelecidas por ele.